Work in Parliament Maria da Graça Carvalho defende mix energético e um mercado interno de energia integrado na UE

Committees ITRE | 02-02-2022

Maria da Graça Carvalho participou esta quarta-feira, dia 2 de fevereiro, num debate sobre a crise energética com a comissária da Energia, Kadri Simon, na Comissão da Indústria, Investigação e Energia (ITRE), na qual a eurodeputada é vice-coordenadora do Grupo do Partido Popular Europeu.

Começando por constatar que, em Portugal, segundo o Eurostat, há pelo menos 20% das pessoas que não conseguem aquecer a casa devido aos preços da energia, a eurodeputada defendeu que a Europa precisa "de um mix energético mais diversificado e de um mercado interno de energia integrado" e que é essencial "investir em investigação científica e inovação para desenvolver tecnologias e sistemas energéticos acessíveis e limpos" e "criar as condições para ter infraestruturas preparadas para o futuro, seguras, diversificadas, eficientes e resilientes". 

Questionando a comissária sobre quais serão os próximos passos da Comissão Europeia, a Maria da Graça Carvalho lembrou que "as conclusões da Agência de Cooperação dos Reguladores da Energia (ACER) serão importantes para perceber se a União precisa de um ajustamento estrutural das regras do mercado da energia, mas estas conclusões só estarão disponíveis em abril, enquanto os cidadãos e a indústria precisam de respostas mais imediatas".

 Sobre o design do mercado da eletricidade na UE, a comissária Kadri Simson disse, em seguida, que a Comissão tem consciência da crescente importância das energias renovavéis no mix da produção de eletricidade. "Estamos comprometidos em analisar se e como o sistema pode ser melhorado e é isso que a ACER faz, analisar o mercado existente, não apenas para o desenvolvimento das renováveis, mas também para perceber como podemos ter preços energéticos competitivos e segurança no abastecimento. O relatório final deles olha, de forma específica, para a maneira como o design do mercado pode dar os sinais necessários para incentivar o investimento em renováveis, mas também em eficiência energética e na resposta à procura. Mas, claro, no sentido também em que ajuda os consumidores a beneficiar diretamente do trabalho de tornar o nosso sistema energético mais limpo", concluiu.

 

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