Maria da Graça Carvalho, eurodeputada e vice-coordenadora do Grupo do PPE na Comissão da Indústria, da Investigação e da Energia (ITRE), participou esta terça-feira, 24 de maio, na 9.ª edição dos AED Days, evento oganizado pelo Aeronautics, Space and Defence Cluster Portugal e pela Câmara Municipal de Oeiras, no Taguspark. A eurodeputada do PSD e ex-ministra da Ciência, Inovação e Ensino Superior, que é relatora do Parlamento Europeu para as parcerias estratégicas do programa-quadro Horizonte Europa, falou precisamente sobre a importância dessas parcerias e, em especial, da parceria Aviação Limpa.
Enumerando os vários desafios que a União Europeia enfrenta, desde a pandemia de Covid-19, à guerra na Ucrânia, passando pelo cumprimento das metas do Green Deal, Maria da Graça Carvalho sublinhou que a cooperação e a colaboração são a única forma de atingir objetivos comuns, sobretudo na área da investigação e inovação, pois em muitos setores ainda se está em processo de encontrar as tecnologias certas para atingir as metas desejadas. Investimentos comuns, juntando setores privado e público, são a melhor forma de ajudar áreas chave da economia e, nesse contexto, as Empresa Comuns (joint undertakings) são um bom modelo de parceria a seguir.
"É sobre a Empresa Comum Aviação Limpa que gostaria de falar hoje. Ela é fulcral para o nosso modelo económico. Se quisermos continuar a voar e a movimentar como estamos acostumados a fazer, também no futuro próximo, precisamos de tecnologias limpas para aviões e de combustíveis mais eficientes e menos poluentes. Sem essas inovações, não podemos atingir as nossas metas. A Empresa Comum Aviação Limpa baseia-se no sucesso da sua antecessors: a Clean Sky Joint Undertaking. É o principal programa de investigação e inovação da União Europeia para transformar a aviação em direção a um futuro sustentável e neutro em relação ao clima. Reúne os melhores talentos e capacidades dos setores público e privado para desenvolver tecnologias de ponta e disponibilizá-las para um salto transformacional no desempenho das aeronaves na década de 2030. Destina-se a contribuir para a ambição da UE de neutralidade climática até 2050. Esta parceria opera no centro de um ecossistema amplo e diversificado de atores em toda a Europa, que vão desde a comunidade aeronáutica, até às PMEs e startups, passando pelas organizações de investigação e pela academia, atuando como um catalisador de novas ideias e inovações ousadas. Leva a ciência aeronáutica além dos limites da imaginação e visa dar vida a novas tecnologias que reduzirão significativamente o impacto da aviação no planeta, permitindo que as gerações futuras desfrutem dos benefícios sociais e económicos das viagens aéreas no futuro", afirmou Maria da Graça Carvalho, que esteve também no Taguspark no âmbito de uma delegação da Comissão ITRE que está de visita a Portugal.