Maria da Graça Carvalho, eurodeputada e vice-coordenadora do PPE na Comissão da Indústria, da Investigação e da Energia (ITRE), participou esta terça-feira, dia 9 de novembro, num debate sobre o pacote legislativa Fit for 55, com a comissária europeia da Energia Kadri Simoson e os eurodeputados Carlos Zorrinho, Marisa Matias, Nuno Melo e Sandra Pereira, no âmbito do Portugal Renewable Energy Summit 2021 promovido pela Associação de Energias Renováveis (APREN).
O pacote ‘Fit for 55’ da Comissão Europeia representa provavelmente o conjunto mais ambicioso de propostas legislativas alguma vez apresentadas no domínio da energia e das alterações climáticas e, neste debate, os eurodeputados tiveram a oportunidade de falar sobre a sua visão em relação a este pacote e à sua aplicabilidade em Portugal. Nomeadamente, sobre como será possível assegurar que Portugal não se atrasa na corrida à descarbonização e maximiza o potencial dos seus recursos endógenos e conhecimento adquirido como vantagem competitiva. Em discussão estiveram também as relações entre aquele pacote legislativo e a atual crise energética e a Nova Estratégia Industrial Europeia.
Na sua intervenção, Maria da Graça Carvalho, ex-ministra da Ciência, Inovação e Ensino Superior, classificou o pacote Fit for 55 como ambicioso e interessante, mas sublinhou que, do ponto de vista do Grupo do PPE, carece de maior atenção à parte económica e à necessidade de não sobrecarregar as famílias e as pequenas e médias empresas com burocracia. Este pacote, frisou, não tem em linha de conta, por exemplo, o custo da energia ou o estado da arte das novas tecnologias para atingir as metas a que a Europa se propõe. Em Portugal, a eurodeputada identificou os setores dos transportes e dos edifícios como aqueles em que pode haver maiores dificuldades de transição, sublinhando como aspeto positivo do pacote o facto de repartir de forma mais ampla os setores em que é necessário haver redução de emissões.