Public Interventions Maria da Graça Carvalho defende agência coordenadora das atividades de investigação científica na área da Saúde e Inovação

Events | 03-02-2021

Maria da Graça Carvalho participou esta quarta-feira, dia 3 de fevereiro, no Webminar "How can EU policy initiatives pave the way towards treatment optimization as part of health systems?", organizado pela European Organisation for Research and Treatment of Cancer (EORTC) e pela Biomedical Alliance in Europe.

A eurodeputada falou sobre os passos dados na direção de uma União para a Saúde, defendida pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Lyen, no seu discurso do estado da União. Nesse contexto, a ex-ministra da Ciência e do Ensino Superior focou nomeadamente o tópico da criação de uma Autoridade para Resposta a Emergências Sanitárias (HERA, na sua sigla inglesa), ideia que está em fase de consulta e cujo lançamento poderá acontecer no último semestre deste ano. 

"Sempre invoquei a necessidade de uma agência coordenadora das atividades de investigação na área da Saúde e da Inovação. A grande fragmentação que ainda existe na União constitui uma das maiores fraquezas que temos e acredito que uma agência como a HERA deve ter um papel horizontal, objetivos de longo prazo e capacidade para criar sinergias entre instrumentos políticos da União (desde a estratégia farmacêutica, às agências da UE, passando pelas parcerias, fundos e programas)", afirmou a eurodeputada do PPE no encerramento do evento.

Um agência como a HERA, sublinhou Maria da Graça Carvalho, poderia ajudar a resolver alguns fossos estruturais que existem no grau de prontidão da UE na área da Saúde, mas também na capacidade de resposta no que respeita ao desenvolvimento biomédico e ao desenvolvimento de capacidades e de produção. "Ajudará a emergir tecnologias biomédicas que podem ser aplicadas em tempo real durante tempos de crise. Irá funcionar em conjunto com a indústria, com a ciência, com o mundo académico e com organizações e redes de investigação clínica, com o objetivo de implementar parcerias público-privadas de sucesso", afirmou a eurodeputada, deixando, porém, um alerta: "Será uma oportunidade perdida se a HERA se focar apenas na resposta transfronteiriça a ameaças e emergências". 

 A HERA, considerou Maria da Graça Carvalho, "deve ser mais do que uma autoridade de resposta a emergências, deve ser um organismo de coordenação entre todos os atores, de forma a acelerar o compromisso de dar à investigação científica na área da Saúde a prioridade que ela merece". 

 

 

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