Maria da Graça Carvalho, eurodeputada do PPE, participou esta quinta-feira, dia 24 de junho, nos Dias Europeus de Investigação e Inovação (R&I Days). A convite da comissária para a Inovação, Investigação, Cultura, Educação, Juventude e Desporto, Mariya Gabriel, a ex-ministra da Ciência, Inovação e Ensino Superior participou na sessão "A common Policy Agenda and a Pact for R&I", dedicada ao debate sobre o Espaço Europeu de Investigação (ERA, em inglês). Na mesma sessão participaram Simona Kustec, ministra da Educação, Ciência e Desporto da Eslovénia (país que se segue a Portugal na presidência do Conselho da UE), Jean-Eric Paquet, Diretor-Geral da DG de Investigação e Inovação da Comissão Europeia, Sarika Wilson, Chefe de Política no Guild of European Research-Intensive Universities (rede universitária fundada em 2016) e Karin Roelofs, Vice-presidente da Associação de Bolseiros do European Research Council.
Na sua intervenção, Maria da Graça Carvalho, que foi negociadora pelo PPE da proposta de resolução do Parlamento Europeu sobre a ERA, chamou a atenção para a questão das carreiras dos investigadores. "Muito importante é o fator humano. A Europa precisa de abordar a questão das carreiras de investigação, especialmente para os jovens investigadores. A situação não é a mesma em todos os Estados membros mas, globalmente, não é fácil tornar-se investigador na UE. Na verdade, as coisas pioraram ainda mais por causa da pandemia da Covid-19. Isso é algo que deve ser tratado o mais rápido possível".
A eurodeputada alertou ainda para a necessidade de acabar com o fosso que existe, em termos de investigação e inovação e de investimento nas mesmas, entre Estados membros ou entre regiões. "Numa perspectiva mais ampla, será necessário reduzir o fosso entre os diferentes países e regiões. É por isso que precisamos de mais investimentos, não apenas a nível europeu, mas também nacionais e privados. Deve haver um Orçamento forte a nível europeu, sim, mas também a nível dos Estados membros. É importante que os Estados destinem uma boa percentagem dos seus fundos regionais e dos fundos dos seus Planos de Recuperação e Resiliência (PRR) à Investigação Científica e à Inovação. Claro que há também o setor privado, mas cabe ao setor público criar condições para que o setor privado invista em Investigação e Inovação".
A ex-ministra da Ciência, Inovação e Ensino Superior considerou muito positiva a iniciativa da comissária Mariya Gabriel no setido de desenvolver, além da ERA, também um Espaço Europeu de Inovação. "Isso irá completar o Triângulo do Conhecimento. Especialmente importante é o facto de a comissária querer implementar este passo em estreita colaboração com o Parlamento Europeu e em consulta com as partes interessadas", notou Maria da Graça Carvalho.