Maria da Graça Carvalho, eurodeputada do PSD e vice-coordenadora do Grupo do PPE na Comissão da Indústria, Investigação e Energia do Parlamento Europeu (ITRE), participou esta segunda-feira, dia 16 de janeiro, no evento “Cimentar o Futuro: O novo Bauhaus europeu”. Este evento, que ocorreu na Ordem dos Engenheiros, foi promovido pelo jornal Expresso, pela ATIC (Associação Técnica da Indústria de Cimento) e pelas suas associadas CIMPOR e SECIL.
A eurodeputada do PSD começou por relembrar que “a indústria, e os setores de consumo intensivo de energia em especial, enfrentam desafios particularmente exigentes para concretizar os objetivos do Pacto Ecológico Europeu”, tendo feito “um grande esforço para corresponderem àquilo que lhes é pedido”.
Existem variadas iniciativas que pretendem fazer face a estes desafios, ajudando as indústrias a alcançar os objetivos traçados. “O pacote de medidas intitulado Fit for 55”, por exemplo, “estabelece um enquadramento muito rigoroso a este respeito”, para que se possam “concretizar maior parte das medidas até 2030”.
Já no caso concreto da indústria cimenteira, sublinhou, “o Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050 é, a vários níveis, o exemplo da ambição sustentada e com uma abordagem assente no recurso a soluções tecnologicamente inovadoras”.
Mesmo assim, existem ao mesmo tempo “condicionalismos importantes”, como “o potencial limitado para reduzir as emissões de CO2 relacionadas com o processo de produção do clínquer”. Isto apenas porque “as tecnologias que permitem alterar este estado de coisas ainda estão a ser desenvolvidas”, não sendo ainda comercialmente viáveis.
“Por isso, impõem-se aos decisores políticos, a nível nacional e europeu, proporcionarem a estes setores todo o apoio para que se possa alcançar as metas estabelecidas, desde logo através do apoio ao fina Maria da Graça Carvalho pede mais apoios nacionais para a transição verde da Indústria portuguesa nciamento de projetos de investigação científica, desenvolvimento tecnológico e inovação”, defende.
Quanto à União Europeia, existem vários programas que “oferecem possibilidades importantes na área da cimenteira”, como Horizonte Europa e o Innovation Fund.
Já a nível nacional “esperava-se mais apoio à indústria através do PRR”. “Esperemos que o Portugal 2030 seja mais incisivo nesta matéria. Mas espera-se também um maior diálogo com a indústria e um maior reconhecimento dos seus esforços e do seu contributo na luta contra as alterações climáticas”, defende a eurodeputada do PSD.