Maria da Graça Carvalho, eurodeputada do PSD e vice-coordenadora do PPE na Comissão da Indústria, da Investigação e da Energia (ITRE), foi esta terça-feira a anfitriã do segundo dia dos EPP Industry Days, que decorreram em formato híbrido, a partir do Parlamento Europeu, em Bruxelas.
“A indústria europeia está sob grande pressão, por muitas razões diferentes. Precisamos de uma moratória das diferentes regulamentações para aliviar a indústria europeia da carga administrativa e um mecanismo para acelerar os fundos destinados a financiar os setores mais afetados”, afirmou, voltando a defender as duas sugestões que já tinha apresentado à Comissão Europeia, na semana passada, durante uma intervenção que fez na Comissão ITRE.
A eurodeputada, relatora do Parlamento Europeu para as parcerias estratégicas do programa-quadro Horizonte Europa, defendeu igualmente, durante o debate, a importância das parcerias público-privadas e das sinergias entre fundos nacionais e da UE e entre financiamentos privados e públicos. "As parcerias no âmbito do Horizonte Europa podem ser utilizadas pela indústria, uma delas é na área do 5G, pois a inovação é muito importante no futuro da indústria. Não só no que toca ao 5G, ao 6G, mas também à computação quântica, à computação de alto desempenho, à Inteligência Artificial etc... É preciso que haja um ecossistema flexível na sociedade que facilite a inovação. Tudo o que facilite o investimento e a inovação nos Estados membros. É preciso também uma aposta no reforço das competências especializadas e, nesse contexto, das competências das mulheres, para que haja mais igualdade de género na ciência, inovação, investigação e indústria na UE", frisou Maria da Graça Carvalho, que é também membro da Comissão dos Direitos das Mulheres e da Igualdade dos Géneros (FEMM) e autora de variados relatórios e pareceres na área do Digital.
No encerramento do evento, que contou com dois painéis diferentes, a eurodeputada lembrou que a importância do turismo, da música e da moda, setores que estiveram representados por oradores durante este segundo dia dos EPP Industry Days em Bruxelas. "Os setores do Turismo e da Cultura foram os setores mais afetados pela pandemia da Covid-19. Eles são muito importantes para a economia europeia, são uma prioridade para o Grupo do PPE e para o Parlamento Europeu e, por isso, os incluímos na nossa estratégia industrial europeia. Pela primeira vez as indústrias culturais e criativas foram incluídas como prioridade no Horizonte Europa no âmbito de uma das comunidades (KICs) do Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia (EIT). A Comissão Europeia incluiu esses setores na sua estratégia industrial revista como ecossistemas, o que tem como consequência o facto de terem de ser considerados uma prioridade nos Planos de Recuperação e Resiliência (PRR) nacionais", frisou Maria da Graça Carvalho, que foi também a relatora do Parlamento Europeu da Agenda Estratégica do EIT.