A eurodeputada do PSD Maria da Graça Carvalho, defendeu que a Presidência Portuguesa do Conselho Europeu, que arranca no dia 1 de janeiro, terá “muito trabalho”. No entanto, considerou também que esta responsabilidade virá “num período de esperança renovada” para a Europa, “o que é sempre uma boa forma de começar uma nova tarefa”.
A eurodeputada falava num evento sobre a Presidência Portuguesa promovido pela representação em Bruxelas do estado alemão de Baden-Württemberg, na qual participou também o embaixador Nuno Brito, Representante Permanente de Portugal junto da UE.
As primeiras palavras da eurodeputada foram de apreço pelos esforços desenvolvidos pela Presidência Alemã, que “aterrou no olho do furacão”, com a pandemia, o plano de recuperação Next Generation Europe e o próximo Quadro Financeiro Plurianual por negociar, sem esquecer o próprio Brexit, concluindo os seus seis meses de mandato deixando uma Europa “com muito melhores perspetivas” do que tinha há algum tempo atrás.
Serão estas perspetivas que a Presidência Portuguesa irá herdar. Mas Maria da Graça Carvalho avisou que esta também terá a sua conta de desafios, e com uma “margem de erro próxima do zero”.
Entre estes, referiu, estará “algum trabalho de coordenação” da fase inicial de vacinação na Europa, mas também “garantir de dezenas de programas setoriais europeus são finalizados, bem como o seu respetivo lançamento, a coordenação do plano de recuperação, e a garantia de que os estados-membros se mantém alinhados com as grandes prioridades europeias, nomeadamente em termos de transição climática e digital”.
Sobre os grandes pilares estratégicos identificados pela Presidência Portuguesa – Resiliência Europeia, Dimensão Social Europeia, Europa Verde, Europa Digital e Europa Global – a eurodeputada considerou-os em geral acertados, elogiando a inclusão da perspetiva da coesão social nas ambições portuguesas. Por outro lado, admitiu que gostaria de ter visto o tema da Saúde ter sido tratado de forma mais destacada.