Public Interventions "Apostar no gás russo foi um erro", disse Graça Carvalho, na conferência do EUFORES

Events | 27-09-2022

Maria da Graça Carvalho, eurodeputada e vice-coordenadora do Grupo do PPE na Comissão da Indústria, Investigação e Energia (ITRE), participou esta terça-feira, dia 27 de setembro, na conferência 'Fast track to affordable, secure & sustainable energy: The Green Deal to boost RES & efficiency', organizada pelo Fórum Europeu para as Fontes de Energia Renovável (EUFORES), em Bruxelas, no âmbito da Semana Europeia da Energia Sustentável 2022. 

A ex-ministra da Ciência, Inovação e Ensino Superior e Professora Catedrática do Instituto Superior Técnico começou por enunciar a posição do seu grupo político no Parlamento Europeu: "o PPE defende que não se deve obrigar as pessoas a parar a mobilidade, mas sim em encontrar formas de energia limpa, através de uma maior aposta na investigação e inovação, para que seja possível manter algum conforto no estilo de vida". A eurodeputada do PSD frisou a importância de se apostar na Ciência, Investigação e Inovação, sublinhando que o Grupo do PPE sempre se bateu por conseguir mais financiamentos para estas áreas, como foi por exemplo o caso do Horizonte Europa, de cujas 11 parcerias estratégicas Maria da Graça Carvalho foi a relatora pelo Parlamento Europeu. Entre essas parcerias contam-se, por exemplo, a da Aviação Limpa e a do Hidrogénio Limpo.

A eurodeputada frisou o papel importante das renováveis e do hidrogénio, lembrando que 50% do hidrogénio consumido na indústria deve ser renovável até 2030 e 70% em 2035, com avaliações de impacto anuais incluindo ajustes de metas. No caso de Portugal, notou Maria da Graça Carvalho, há alguma avanço em relação à aposta nas energias renováveis e na eficiência energética. "Portugal é privilegiado o que toca à dependência do gás russo. Mas tem um grande problema de falta de água. Portugal tem elevada percentagem de renováveis, mais ainda precisamos de alguma transição e de usar o gás, tal como outros países. Recebemos gás da Argélia e  GNL. A Península Ibérica tem 9 portos de GNL mas não pode ajudar o resto da Europa porque não foram construídas as interconexões necessárias. A França, que tenta proteger a sua energia nuclear, nunca quis que estas interconexões fossem construídas. O gás é necessário para a transição e esse gás, para a transição, deve ter diversas origens. A diversificação é a chave. Apostar no gás russo foi um erro e um erro que agora é preciso corrigir", sublinhou Maria da Graça Carvalho, na sua intervenção.

 VEJA AQUI O DEBATE EUFORES NA ÍNTEGRA

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