A União Europeia alocou, até setembro, um total de 440,6 milhões de euros destinados a financiar projetos de investigação relacionados com a COVID-19. Destes, 25 estão “diretamente relacionados com o diagnóstico”, sendo que um deles – o projeto “HG nCoV19 test” -, apoiado desde janeiro, na sequência do primeiro apelo ao setor lançado pela Comissão Europeia, já resultou na autorização de introdução no mercado “de um novo sistema portátil para detetar infeções virais que dá resultados fiáveis em 30 minutos”.
As informações foram avançadas pelo gabinete da comissária europeia com o pelouro da Ciência e Investigação, Mariya Gabriel, em resposta a uma carta endereçada no mês passado pela delegação do PSD no Parlamento Europeu.
Na carta em causa, da autoria da eurodeputada Maria da Graça Carvalho e coassinada por todos os eurodeputados social-democratas, eram citados os exemplos do Reino Unido e dos Estados Unidos, onde estão a ser feitos significativos investimentos em testes rápidos da covid-19, os quais são cada vez mais encarados como uma solução viável para assegurar o regresso à normalidade e conter a propagação do vírus enquanto as vacinas em desenvolvimento não ficarem disponíveis.
Entre os projetos em curso com financiamento europeu contam-se não só este e outros sistemas de diagnóstico rápido da COVID-19 como, por exemplo, investigações para determinar os marcadores da imunidade (em pessoas recuperadas da doença); e monitorização de diversas doenças em animais, tendo em vista a prevenção de futuras pandemias.