A eurodeputada do PSD Maria da Graça Carvalho questionou nesta quarta-feira o presidente da Confederação das Empresas Europeias (Business Europe), Markus Beyrer, sobre as dificuldades que estão a ser sentidas pelas pequenas e médias empresas (PME) no acesso ao crédito.
Durante uma troca de impressões com o representante das empresas, na Comissão IMCO – Mercado Interno e Proteção dos Consumidores, a eurodeputada deu o exemplo português para considerar existirem “claras evidências” de que, apesar das linhas de crédito governamentais, os empréstimos não estão a ser atempadamente “concluídos e aprovados”.
Por isso, Maria da Graça Carvalho quis saber de que forma, na opinião das empresas, devem ser resolvidas estas questões, nomeadamente no âmbito das medidas em preparação ao nível da Comissão Europeia.
Markus Beyrer disse estar “muito ciente” das dificuldades referidas, ainda que existam “realidades diferentes” nos diversos países da União Europeia. O representante das empresas dividiu a resposta necessária em três níveis.
Em primeiro lugar, defendeu, impõe-se que as decisões que estão a ser tomadas a nível europeu sejam implementadas mais rapidamente, já que pelos calendários atuais a concretização prática das mesmas “poderá não acontecer antes do outono”. “Estamos em conversações com os nossos parceiros, com a Comissão e também com o Conselho Europeu para agilizar procedimentos”, revelou.
Sobre a “liquidez” das empresas, acrescentou, “estamos a tentar ver onde estão os problemas, dentro das federações nossas associadas, e espelhar essas informações de forma a que o dinheiro possa circular rapidamente”.
Por fim, considerou existir ainda um problema de “liquidez de informação”, com muitas empresas a não saberem a quem se dirigir para verem os seus problemas resolvidos. Uma questão que defendeu ser “da responsabilidade sobretudo dos estados-membros”, mas para a qual a Business Europe tem também pedido o auxilio da Comissão Europeia.