A eurodeputada do PSD Maria da Graça Carvalho, relatora pelo Parlamento Europeu da parceria relativa à nova rede europeia de supercomputadores, participa nesta sexta-feira na mesa-redonda sobre “Computação de Alto Desempenho para a Ciência e a Inovação”, no campus de Guimarães da Universidade do Minho. O evento, coorganizado pela Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia e pela Comissão Europeia, assinala também a instalação do Deucalion, o supercomputador português que irá integrar esta rede, no Minho Advanced Computing Center, em Guimarães.
Na mesa-redonda, presidida pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, e na qual estarão representados os cinco países europeus que irão acolher supercomputadores, marcará ainda presença a comissária europeia para a Inovação, investigação, Cultura, Educação e Juventude, Mariya Gabriel, à qual será entregue um manifesto com o mesmo titulo do evento.
“É um momento com muito significado. Por ser em Portugal, que contará com um computador que representou um investimento de 20 milhões de euros, sete dos quais financiados pela EU. Por ter sido relatora da parceria que concretiza esta iniciativa, e porque a rede europeia de supercomputação tem, de facto, um enorme potencial para toda a União Europeia em vários níveis”, refere a eurodeputada portuguesa.
O relatório de Maria da Graça Carvalho concentra-se nos passos necessários para que a União Europeia possa aproveitar todo o potencial desta infraestrutura, passos esses que dividiu em seis grandes linhas de ação: Acesso facilitado, Abertura a novos participantes, Sinergias, Alinhamento com as prioridades da UE, Liderança Industrial e Conhecimento e Sensibilização. “O sucesso desta iniciativa dependerá em muito do envolvimento, acesso e sensibilização que consiga gerar entre as partes interessadas”, afirma a eurodeputada. “Isto significa garantir que todos os utilizadores terão acesso às infraestruturas e aos seus serviços, bem como aos repositórios de dados científicos e comerciais, com particular atenção para as PME e startups”.
Com o mesmo fim são introduzidas propostas visando a “abertura, transparência e simplificação” de procedimentos, bem como as sinergias e complementaridades com todos os programas e fundos relevantes, nomeadamente regionais, Mecanismo de Recuperação e Resiliência, InvestEU e iniciativas do Banco Europeu de Investimento, bem como todos os outros instrumentos do Horizonte Europa.
Os projetos em deverão ainda estar alinhados com as metas das transições digital e verde e a própria rede “deve contar com os mais avançados equipamentos de baixo consumo e eficiência energética, de preferência de base renovável”. Por fim, é frisada a importância de se criar um “verdadeiro ecossistema de excelência” no digital, abrangendo investigação e inovação, desenvolvimento e fabrico de sistemas de hardware de baixo consumo, como microprocessadores e computação quântica, e um forte investimento em competências e conhecimentos, especialmente no que respeita à perspetiva de género, considerando as lacunas atuais, e na educação e consciencialização pública.