Press Editorial. Dez anos depois aí está a ‘Women on Boards’

Press Releases | 30-06-2022 in Newsletter

O acordo sobre a diretiva 'Women on Boards', a aprovação de um carregador único e as medidas para aproximar ainda mais a Ucrânia da União Europeia são alguns dos momentos históricos que ultimamente se têm vivido no Parlamento Europeu.

 

Na sessão plenária de junho em Estrasburgo foi finalmente conseguido um acordo em torno da diretiva europeia ‘Women on Boards’, sobre a participação das mulheres nos Conselhos de Administração. Este dossiê, do qual fui relatora-sombra pelo Partido Popular Europeu, ficou finalmente selado, após uma década de impasse, nas negociações interinstitucionais envolvendo Parlamento, Conselho e Comissão.

 

A partir de agora, todas as sociedades cotadas em bolsa ficam vinculadas a uma meta de pelo menos 40% de mulheres nos seus Conselhos de Administração. Ou 33% se nessa percentagem se incluírem administradoras com funções executivas.

 

O principal obstáculo à concretização da diretiva nunca foi o Parlamento e, sim, a forte oposição de alguns Estados membros. Um contexto que se foi alterando graças a uma evolução nas mentalidades, mas também a uma melhor perceção do que está em causa.

 

 

Se os mercados de trabalho têm uma representação próxima de 50% de cada género, se as mulheres têm vindo a suplantar os homens ao nível das habilitações médias, nada justifica a sua sub-representação nas lideranças das empresas. Estas metas vinculativas não são a solução perfeita, mas são a que resta quando a autorregulação não funciona.

 

Daí a importância deste acordo sobre a ‘Women on Boards’, que foi depois aprovado pelos deputados da Comissão dos Direitos das Mulheres e da Igualdade dos Géneros (FEMM) – de que sou membro - e da Comissão dos Assuntos Legais (JURI).

 

Em Estrasburgo houve também desenvolvimentos importantes noutro dossiê com o qual também estive envolvida através da Comissão do Mercado Interno e da Proteção dos Consumidores (IMCO), que foi a aprovação do carregador único para telemóveis e outros dispositivos eletrónicos conectados. Um alívio para os consumidores!

 

Também na IMCO vi o meu parecer sobre a Nova Estratégia Industrial Europeia, uma estratégia muito importante para o futuro da indústria da UE, aprovado por 36 votos a favor, seis abstenções e nenhum voto contra.

 

No plano das relações internacionais da UE, ao mesmo tempo que a agressão russa da Ucrânia ia subindo de tom foram assumidos compromissos claros por parte da Comissão Europeia, do Parlamento Europeu e do Conselho Europeu no sentido de acelerar o processo de adesão deste país.

 

No Parlamento Europeu, tenho procurado dar o meu contributo para a ajuda aos ucranianos. Nomeadamente, defendendo junto da Comissão Europeia que sejam agilizados os apoios à atividade dos investigadores daquele país. A reconstrução da Ucrânia no pós-guerra não passará apenas por financiamento, mas também pela sua capacidade científica.

 

 

 

 

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