Em junho do ano passado, quando começaram o atual mandato, todos os deputados europeus sabiam que os esperava um início de legislatura exigente. Além da eleição de um novo executivo comunitário, tínhamos no horizonte a saída de um membro muito importante da União, o Reino Unido, e a necessidade de delinear estratégias para enfrentar desafios como as alterações climáticas e a perda de competitividade da Europa face aos seus concorrentes.
Os meses que se seguiram foram muito trabalhosos, mas compensadores. Pela primeira vez, uma mulher foi eleita presidente da Comissão. Chegou-se a um princípio de entendimento sobre o Brexit. Adotou-se o European Green Deal, que colocou a Europa na linha da frente na batalha pela redução das emissões de CO2. Pessoalmente, estava a acompanhar a minha área preferencial – a ciência e a inovação – com um importante relatório legislativo em mãos sobre a agenda estratégica do Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia, mas também envolvida em temas como a proteção dos consumidores, a digitalização, a Indústria e a igualdade dos géneros.
Entretanto, veio a pandemia de Covid-19, que mudou tudo nas nossas vidas. Desde então, a par de todos os outros trabalhos, dediquei muitos dos meus esforços a tentar contribuir, através de iniciativas próprias e apelos junto da Comissão Europeia, para que proporcionássemos aos cientistas do nosso continente todas as condições para o desenvolvimento de terapias e de uma vacina contra esta doença. A Europa hesitou, mas está agora a corresponder. Queremos que este próximo ano seja o da viragem desta página difícil. Chegou a hora de reconstruir.
Leia a edição nº 150 da Carta da Europa.
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