Estar em Beja, cidade onde nasci, para comemorar os 25 anos da sua Escola Superior Agrária, é um prazer especial. Enquanto Ministra do Ensino Superior, Ciência e Inovação dos Governos de Durão Barroso e de Santana Lopes, visitei o Instituto Politécnico de Beja, a que pertence a Escola Superior Agrária, uma vez em 2003 e duas vezes em 2004. Hoje constato, com profunda emoção, a evolução que o Instituto Politécnico de Beja sofreu nos últimos anos e o impacto que a sua actividade tem tido na região, factos bem explanados nas intervenções do Presidente do Politécnico de Beja, Professor Vito José Jesus Carioca e da Presidente da Escola Agrária, Olga Amaral, na abertura da efeméride. É com projectos de ensino desta qualidade que se constrói o Portugal do futuro, um Portugal mais desenvolvido, mais coeso, mais justo e mais solidário.
Orgulho-me de ter contribuído para o desenvolvimento do Instituto Politécnico de Beja com a adopção de medidas importantes, como sejam: a criação da Escola de Saúde; a conclusão do edifício que ampliou da Escola Superior de Educação, o Contrato de Desenvolvimento num valor superior a 12 milhões de Euros; a construção do Edifício da Escola Superior de Tecnologia e Gestão; o projecto da 2ª Residência Mista de Estudantes com capacidade para 133 camas, no valor de cerca de 2 milhões de Euros; a autorização de vários cursos como por exemplo o curso de Artes Plásticas e Multimédia, Educação e Comunicação Multimédia, Educação Social e Protecção Civil. Todas estas iniciativas nasceram da convicção plena de que a consolidação da oferta formativa do Instituto Politécnico de Beja era crucial para o reforço do seu papel estratégico no desenvolvimento da região.
Aproveitei a minha intervenção, na cerimónia do dia 18 Junho, para recordar alguns desafios que o Instituto Politécnico de Beja, a par de todas as outras instituições de ensino superior do país, têm pela frente. Enquanto Deputada ao Parlamento Europeu tenho responsabilidades de decisão política nas áreas do apoio à ciência, à educação, à juventude, à investigação e à inovação. E dentro do grupo parlamentar europeu do PSD sou responsável pela ligação de proximidade do Parlamento Europeu aos distritos de Beja, Évora, Faro e Portalegre. Isto coloca-me numa posição privilegiada para, por um lado, partilhar com as instituições do Alentejo a visão europeia sobre o futuro do ensino superior e, por outro, para ajudar estas instituições a melhor se integrarem nesta visão.
A Europa vive uma crise de competitividade e as instituições do ensino superior são a chave para sair dessa crise. Mas para poderem desempenhar esse papel têm de aprofundar vários aspectos, entre os quais saliento:
Estou certa que todas estas vertentes estão ao alcance do Instituto Politécnico de Beja, não fora um dos seus mentores o Professor Mariano Feio, o qual, como mencionou o Professor António Parreira no discurso em sua homenagem, era da opinião de que "os docentes deveriam ter uma ligação efectiva ao meio empresarial, nomeadamente à actividade privada. Sobretudo, não ministrar um ensino confinado às quatro paredes das salas de aula."