Press O Novo Governo em números (Jornal i)

News | 18-06-2011

NUMERO  
 
São 11 ministérios para 11 ministros, a meio caminho entre os dez desejados por Passos Coelho e os 12 exigidos por Paulo Portas durante a campanha eleitoral. É o governo mais concentrado desde a Assembleia Constituinte de 1976, com menos que os 13 ministros que constituíram o executivo de Cavaco Silva entre 1985 e 1987. O governo maior coube a Santana Lopes, com 19 ministros. Agricultura e Ambiente mantêm-se como ministérios, embora juntos, depois de algumas posições opostas entre os dois líderes da coligação. Portas sempre defendeu a Agricultura, conseguindo que fosse uma das suas pessoas de confiança, Assunção Cristas, a ficar com a pasta. Os 11 ministros da coligação fazem face aos 16 do último executivo. São extintos a Presidência e a Cultura, enquanto outras áreas são agregadas.  
 
MULHERES  
 
Apenas duas mulheres compõem o elenco ministerial de Passos e Portas, depois de o governo anterior de José Sócrates ter batido o recorde, com cinco elementos. Paula Teixeira da Cruz, na Justiça, e Assunção Cristas, na Agricultura e Ambiente, estão sozinhas, com nove homens. Ao contrário da anterior coligação PSD/CDS em 2002, que contou com Manuela Ferreira Leite, Teresa Gouveia, Graça Carvalho e Maria do Carmo Seabra, o número cai agora para metade. A primeira vez que Portugal teve uma ministra, e logo primeira-ministra, foi em 1979, tendo Leonor Beleza chegado à Saúde em 1985, com Cavaco Silva Curiosamente, Beleza foi a ministra que mais tempo esteve no cargo, cinco anos, com a pasta da Saúde, uma área que nos últimos anos teve muitos rostos femininos, com Maria Belém Roseira, Manuela Arcanjo e Ana Jorge.  
 
INDEPENDENTES  
 
Quatro independentes em 11 é, proporcionalmente, o executivo com maior presença da sociedade civil de sempre. Passos Coelho e Paulo Portas, no acordo assinado na quinta-feira, prometiam querer "alargar a sua base de apoio", e assim o fizeram. Vítor Gaspar, nas Finanças, Álvaro Santos Pereira, na Economia, Nuno Crato, na Educação e Paulo Macedo, na Saúde, são os rostos que a coligação foram buscar fora dos partidos. A nível absoluto, José Sócrates e António Guterres foram os primeiros-ministros com o maior número de indenpendentes nos seus executivos, com seis a sete ministros da sociedade civil. Guterres aliás foi um dos pioneiros na abertura do poder executivo fora dos partidos, com os Estados Gerais a serem a base do governo socialista que chegou ao poder em 1995. No último executivo, Sócrates tinha consigo nomes como Teixeira dos Santos, Isabel Alçada ou António Mendonça.  

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