Press Maria da Graça Carvalho: “Na eficiência energética, principalmente das habitações e dos transportes, é preciso Portugal fazer muito mais”

Maria da Graça Carvalho, eurodeputada do PSD, deu uma entrevista ao Expresso, no decorrer da Conferência do Expresso e da BP sobre a descarbonização da economia. A eurodeputada falou sobre os principais desafios da eficiência energética em Portugal, e desafiou o governo a avançar com medidas importantes na área da habitação e dos transportes.

Para Maria da Graça Carvalho, Portugal está a “fazer muito para produzir energias renováveis”, mas “os números e os dados dizem que não estamos a prestar devida atenção à eficiência energética”. Por isso, “é preciso fazer muito mais”, especialmente em duas áreas cruciais, que necessitam de grande investimento do Governo: a habitação e os transportes.

No caso da habitação, “Portugal é um país onde se continua a morrer de frio”, diz Maria da Graça Carvalho. Para além disso, o país sofre de falta de “técnicos que nos ajudem a convertes as nossas habitações e locais de trabalho para serem mais eficientes”, melhorando assim a qualidade de vida dos portugueses.

Neste sentido, é necessário que o Governo aposte em “incentivos e na capacitação das pessoas”, porque teremos “muitos ganhos” com a “melhoria do conforto térmico das nossas habitações e locais de trabalho”.

Já no caso dos transportes, “a nossa percentagem de emissões é muito superior ao resto da Europa”, constata a eurodeputada do PSD. “No centro da Europa raramente as pessoas pensam em pegar no carro e poucos já têm carro”. Em Portugal, o problema da baixa eficiência nos transportes resulta do facto de que “não fizemos uma aposta na ferrovia e portanto, para nos deslocarmos, a opção é a rodovia”.

Maria da Graça Carvalho defende que o Governo deve apostar “em transportes públicos confortáveis, eficientes, que sejam atrativos para as pessoas”. “Nos transportes, tem de haver uma opção estratégica do governo em apostar na ferrovia. Não tem sido uma prioridade. Há um plano, mas e um plano muito a longo prazo”, conclui.

Ouça a entrevista completa, no site do Expresso, clicando neste link.