Maria da Graça Carvalho, eurodeputada do PSD e membro das Comissões ITRE, IMCO, FEMM e PECH do Parlamento Europeu, participou no dia 27 de janeiro no programa Eurodeputados, que contou com a presença de Pedro Marques, José Gusmão, João Pimenta Lopes e Nuno Melo. Entre outros temas, foi discutida a guerra da Ucrânia e os seus impactos no espaço europeu, assim como qual a política de defesa que a União Europeia deve adotar no futuro.
A eurodeputada do PSD defendeu que “a Europa tem de se preparar” para se defender, especialmente dos ciberataques de que as instituições europeias estão a ser alvo “todos os dias”. Para tal, é essencial que os Estados-Membros apostem em “promover mais pessoas qualificadas nesta área, mais investigação científica, mais organização”, sendo que o principal problema da Europa é a “falta de recursos, nomeadamente de recursos humanos, de investigação científica nesta área”.
Já no que concerne a Ucrânia, a eurodeputada defende que a Europa a deve apoiar, “no sentido de que quando a Ucrânia regressar à sua vida normal tenha capacidade para refazer as suas instituições”. Para tal, na área da investigação, a União Europeia tem um conjunto de programas, como o Marie Curie para a Ucrânia ou o Horizonte Europa para a Ucrânia, que “acolhe os investigadores para que depois eles possam voltar para a Ucrânia e retomar as suas atividades”.
Por fim, Maria da Graça Carvalho aproveitou ainda para se referir ao Data Act, “um relatório que vai ser de crucial importância em todas as áreas e nomeadamente na defesa”. Este relatório, que se debruça sobre “como armazenar dados, ter acesso a dados, recolher os dados, tratá-los”, é mais uma demonstração da capacidade europeia de se adaptar e se afirmar como líder em áreas de futuro.
“É a partir de tudo isso, da capacidade de investigação, da capacidade de informação, de conhecimento, de capacitar as pessoas, que a Europa se vai afirmar e vai continuar a afirmar no mundo”, concluiu.