Press Maria da Graça Carvalho: “A geração Erasmus é muito mais bem preparada para o mundo e para a vida”

Maria da Graça Carvalho, Eurodeputada do PSD, participou no programa “Geração Superior”, da RTP, sobre a evolução e a democratização do ensino superior em Portugal. Enquanto ex-Ministra da Ciência, Inovação e Ensino Superior, a eurodeputada sublinhou a importância do processo de Bolonha e a participação de Portugal no projeto Erasmus, algo que permitiu a “circulação” de estudantes, assegurando a qualidade do ensino.

“Bolonha permitiu a circulação [de estudantes] com a garantia de qualidade [da universidade] para onde vão e que essa qualidade depois é aceite quando regressam”, afirmou Maria da Graça Carvalho, considerando que esta deslocação dentro da Europa dá aos estudantes “um valor acrescentado” e não apenas a nível académico.

“Vão conhecer a cultura da universidade para onde vão, do país para onde vão e abre-lhes a visão do mundo. Esta geração, que nós chamamos a geração Erasmus, é uma geração muito mais bem preparada para o mundo e para a vida do que era a geração anterior, que era muito mais fechada.”

Maria da Graça Carvalho relembrou ainda José Veiga Simão, Ministro da Educação nomeado em 1970 por Marcelo Caetano, e que deu início à reforma do ensino superior em Portugal, tendo como objetivo a sua democratização. 

“O professor Veiga Simão tinha uma visão do mundo, conhecia bem o sistema anglo-saxónico, o sistema americano, o sistema francês e queria tornar Portugal um país moderno, um país de conhecimento”, disse a eurodeputada, referindo que as universidades criadas pelo então Ministro da Educação, como o ISCTE, a Universidade Nova de Lisboa e as universidades de Aveiro e do Minho, estavam mais abertas ao exterior, ao contrário das instituições mais antigas, e tinham uma maior ligação à sociedade e às empresas.

“Por serem universidades novas, foram criadas de uma forma muito mais flexível, mais aberta à sociedade, com regras mais flexíveis, com uma maior facilidade de internacionalização, e com uma maior ligação às empresas e à sociedade em geral. De certo modo, também contaminaram pela positiva todo o resto do ensino superior.”

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