Press Eurodeputada portuguesa quer simplificar acesso a programas de investigação (RFM)

News | 11-11-2010

Maria da Graça Carvalho chama a atenção para a grande quantidade de dinheiro gasto em despesas administrativas e burocráticas na área da investigação cientifica.

O Parlamento Europeu vota hoje as recomendações da eurodeputada portuguesa Maria da Graça Carvalho para simplificar as regras de participação nos programas europeus de investigação e inovação. 

O documento visa tornar as candidaturas mais acessíveis a um maior número de entidades. O relatório chama ainda a atenção para a grande quantidade de dinheiro gasto em despesas administrativas e burocráticas na área da investigação cientifica.

Cerca de um quarto dos 50 mil milhões de euros destinados pela União Europeia ao financiamento da investigação científica para o período entre 2007 e 2013 é gasto em despesas administrativas e burocráticas.

As despesas são indispensáveis à concretização dos projectos, mas o montante podia ser substancialmente reduzido.

 A situação foi denunciada pela eurodeputada portuguesa Graça Carvalho, para quem a realidade dos programas-quadro de apoio à investigação podia e devia ser bem diferente.

A eurodeputada afirma que os gastos com a parte administrativa da investigação científica podem descer dos actuais 25% para cerca de 10%.

Num relatório da sua autoria, que o Parlamento Europeu deverá aprovar esta quinta-feira, a ex-ministra da Ciência e do Ensino Superior defende que a solução está na simplificação de procedimentos, que se poderá, inclusive, alargar a outros domínios.

Graça Carvalho rejeita que esta simplificação conduza a uma má utilização dos dinheiros. A chave está em controlar menos, mas melhor.

"Quanto mais simples e mais transparente, mais fácil é detectar fraudes. As regras muito complexas e em grande quantidade podem esconder atitudes fraudulentas melhor do que regras simples, menos regras, mais transparentes", sublinha.   

A eurodeputada do PSD deixa ainda um alerta: o actual estado de coisas prejudica duplamente países como Portugal, cujas universidades e empresas se encontram longe dos centros de decisão europeus e que não dispõem dos meios para se orientar no labirinto que muitas vezes são os programas europeus de apoio à investigação.

Daniel Rosário

Notícia completa em http://www.rfm.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=97&did=128194

 

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