A eurodeputada do PSD, Maria da Graça Carvalho, defendeu nesta segunda-feira à noite, em Bruxelas, que “sem ciência, desenvolvimento tecnológico e inovação será muito difícil atingirmos as nossas metas climáticas e de energia ou manter uma forte base industrial na Europa”.
A afirmação foi feita durante a audição especial da búlgara Mariya Gabriel, comissária designada para a Inovação e para a Juventude, que respondeu a perguntas de eurodeputados das comissões CULT (Cultura e
Educação) e ITRE (Indústria Investigação e Energia).
Maria da Graça Carvalho, que é vice-coordenadora do grupo do Partido Popular Europeu na ITRE, teve a responsabilidade de concluir uma ronda de cerca de 40 questões dos eurodeputados à futura comissária. E focou a sua intervenção no papel fundamental da ciência e inovação para assegurar a liderança europeia, quer em termos de desenvolvimento tecnológico e económico, quer no combate às alterações climáticas.
Nesse contexto, perguntou a Mariya Gabriel que propostas tinha para apresentar de forma a garantir que as políticas de Inovação e Desenvolvimento (I&D) e o futuro programa-quadro Horizonte Europa irão contribuir para estes desígnios.
A eurodeputada sublinhou ainda a relevância da investigação de fronteira e da inovação disruptiva neste contexto. Ou seja: aquelas que não se limitam a desenvolver as tecnologias já existentes, apontando novos caminhos e acrescentando novos elementos.
A futura comissária assumiu a importância de a Europa se manter no pelotão da frente em termos de desenvolvimento tecnológico e industrial, não apenas pelos benefícios que daí resultam para os seus cidadãos, mas também pelo que isso representa ao nível da sua afirmação global em todos os campos. “Esta capacidade que a Europa tem de ser solidária é baseada na nossa indústria”, ilustrou Maryia Gabriel, defendendo que os investimentos nestas áreas devem ser feitos “de forma estratégica”. “Sem a força da inovação não seremos capazes de investir de forma inteligente”, acrescentou.