Press Ciência e tecnologia para vencer a crise

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O ano que passou demonstrou a enorme importância de se manter um investimento forte em Ciência e Inovação na União Europeia. Foram os avanços registados graças a esse esforço que nos conduziram a uma vacina contra a Covid-19 em tempo recorde. Foi graças a estes, sobretudo na área do digital, que ultrapassámos constrangimentos ao nível da mobilidade e do contacto pessoal, mantendo atividades e preservando empresas e empregos. E será mantendo esta aposta, não duvido, que venceremos esta crise.

Foi por isso com grande satisfação que vi, após uma forte batalha da parte do Parlamento Europeu, ser aprovado o Horizonte Europa, o maior programa-quadro forte se sempre para a Ciência e Inovação de sempre. Um programa que tenho ajudado a passar à prática através de um conjunto alargado de iniciativas de que sou relatora. Entre estas,o Ato Básico Único das 9 Parcerias do Horizonte Europa, abrangendo áreas como Saúde, Hidrogénio e Economia Circular, o relatório sobre Metrologia e a parceria na Área da Computação de Alto Desempenho, a qual contempla a aquisição de um supercomputador para Portugal, o Deucalion.  A batalha pelas vacinas e terapias contra a Covid-19 e a igualdade dos géneros foram outras causas a que me dediquei especialmente, num ano em que juntei às minhas responsabilidades a participação efetiva nas comissões da Inteligência Artificial (AIDA) e das Pescas (PECH).

Os próximos três anos serão extremamente importantes para a União Europeia. Cabe-nos, não apenas, ultrapassar definitivamente a crise económica e de saúde causada pela Covid-19, mas também registar avanços significativos nos grandes desígnios traçados pela União, nomeadamente as transições verdes e digital. Para termos sucesso nessas batalhas, teremos de nos manter atentos e exigentes. Ao Parlamento Europeu, como instituição cujo mandato decorre diretamente da vontade expressa dos cidadãos europeus, cabem especiais responsabilidades a esse nível. A minha prioridade, num espírito de cooperação interinstitucional, será garantir que a Comissão Europeia continua a tomar as medidas certas e a assegurar os investimentos adequados a esses fins; e que os estados-membros fazem as opções e os investimentos adequados, não apenas para os seus interesses individuais, mas para os de todos os europeus.