O investimento nas energias renováveis permitirá reduzir em 90 por cento as emissões de gases com efeito de estufa até 2050 na União Europeia, segundo um relatório hoje apresentado no Parlamento Europeu, em Bruxelas.
Segundo o estudo "Rethinking 2050. A 100% Renewable Energy for the European Union", a redução do dióxido de carbono será de 30 por cento em 2020, aproximadamente de 50 por cento em 2030 e, em 2050, a União Europeia (UE) será capaz de reduzir as emissões de CO2 mais de 90 por cento em comparação a 1990.
Por outro lado, a indústria das energias renováveis empregará na UE 2,7 milhões de pessoas em 2020 e 4,4 milhões em 2030, em comparação às 550 mil pessoas que empregava em 2009.
O estudo "Rethinking 2050", realizado pelo European Renewable Energy Council (EREC), considera que a maior fatia de produção de energias limpas caberá à eletricidade produzida a partir de fontes renováveis, como o vento ou o sol
"A quota de eletricidade renovável na energia final consumida aumenta de 10 por cento em 2020 para 18 por cento em 2030 e, finalmente, 41 por cento em 2050", lê-se no estudo.
Os especialistas do EREC consideram também que, até 2020, a UE pode reduzir em 290 milhões de toneladas equivalentes ao petróleo o consumo de combustíveis fósseis, em quase 500 milhões e mais de mil milhões de toneladas, o que permitirá poupar, respetivamente, cerca de 158, 325 e 1 090 mil milhões de euros,
"O estudo "Rethinking 2050" oferece uma visão da nossa sociedade em 2050 se o abastecimento de energia sustentável for integralmente adaptado. A forma como as energias renováveis irão ser distribuídas, constituirá uma oportunidade de transformar o nosso sistema económico e social num modelo mais rico e mais justo", disse Maria da Graça Carvalho, anfitriã, no Parlamento Europeu, da apresentação do estudo.
A Associação Europeia da Energia Eólica EWEA já reagiu ao estudo, manifestando o seu "total apoio" à visão de futuro que o EREC defende.
"O aproveitamento destas fontes naturais e limpas de energia recursos naturais e limpos traria à Europa a independência energética e criaria centenas de milhares de empregos", disse Christian Kjaer, director executivo da EWEA.
IG.
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
Esta notícia foi publicada na Agência Lusa.